Bruxelas, Bélgica (PANA) - A União Europeia (UE) mostrou-se quinta- feira "extremamente preocupada" pela degradação da situação política na Guiné Conakry e condenou "vivamente" a suspensão efectiva dos direitos individuais assim como as liberdades fundamentais, na sequência da declaração do Estado de sítio no país.
Num comunicado divulgado pelos serviços da Comissão Europeia, a UE deplora também as perdas de vidas humanas devidas às acções violentas das forças da ordem e à supressão de toda liberdade.
Por outro lado, a UE insurgiu-se contra as medidas repressivas tomadas contra as rádios locais lamentando que estas tivessem sido saqueadas, e que o seu pessoal fosse detido e os médias obrigadas a suspender as suas emissões.
"A UE lamenta a recusa das autoridades guineenses "de escutar os numerosos apelos à moderação e ao diálogo", assim como a falta de respeito pelos direitos humanos e pelos princípios do Estado de direito, "elementos essencais do Acordo de Cotonou de que a Guiné Conakry é signatária", sublinha o comunicado.
Em virtude do Artigo 96 do Acordo de Cotonou, a União Europeia pode suspender parcial ou integralmente a cooperação com um país de África Caraíbas e Pacífico (ACP) culpado de violações graves dos princípios democráticos.Além disso, a companhia aérea belga, SN Brussels Airlines, suspendeu, até à nova ordem, os seus voos em direcção a Conakry, uma das suas escalas importantes em África.
Bruxelas - 15/02/2007
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