Brasília - O primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, afirmou hoje (27) que os países mais ricos precisam recuar para que as negociações da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) sejam destravadas."É preciso que possamos trabalhar para irmos um passo para trás e tornar esse acordo possível.
A não-solução de Doha pode prejudicar o mundo e trair nossos objetivos políticos", disse, após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.A Rodada Doha foi interrompida em julho de 2006, devido divergências entre os membros da OMC sobre a derrubada gradual dos subsídios concedidos pelas nações ricas a seus agricultores.Em discurso nesta terça-feira, Lula pediu ao governo italiano que atue "na formulação de uma posição negociadora européia" para a conclusão de um acordo que ajude os países mais pobres."Temos de corrigir as injustiças de um modelo de liberalização comercial que ainda não trouxe benefícios tantas vezes prometidos para a maioria dos membros da OMC".
Sobre acordos bilaterais entre países, Prodi defendeu que eles "devem ser inseridos em um quadro de normas, porque se não, no futuro, poderão prejudicar países que estão fora deste âmbito [mercado internacional], como os africanos".Após o encontro, Lula e Prodi foram para almoço no Palácio do Itamaraty.
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