01-03-2007 22:38:19
Economista guineense acumula cargos de 1º escalão na ONU
Lisboa, 01 Mar (Lusa)
- O economista guineense Carlos Lopes acumula, a partir desta quinta-feira, o cargo de sub-secretário-geral das Nações Unidas e o de diretor Executivo do Instituto da ONU para a Formação e Pesquisa (Unitar), informou à Agência Lusa fonte oficial.
A nomeação, anunciada em Nova York, foi decidida pelo novo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O economista guineense, que mora em Nova York, onde exerce desde 1º de junho do ano passado o cargo de sub-secretário-geral do ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, agora vai passar a viver em Genebra, na Suiça.
Além de sub-secretário-geral do secretário-geral da ONU, Carlos Lopes também assumiu, em junho de 2006, a função de diretor político de Koffi Annan, cargo que agora está deixando.
O economista guineense, que nasceu em Canchungo (norte), em março de 1960, é mestre em Desenvolvimento e Planejamento Estratégico e participou da elaboração de um vasto e ambicioso plano de reformas nas Nações Unidas, sobretudo no quadro do Pnud.
Autor de mais de 20 publicações, professor em universidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Lisboa e Coimbra (Portugal), Zurique (Suíça), Uppsala (Suécia), Carlos Lopes ajudou na criação de diversas organizações não-governamentais em várias partes do mundo.
O economista foi também consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, Cultura e Ciência (Unesco), da Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (Asdi) e do Comitê Econômico da ONU para a África.
Em 1984, Carlos Lopes foi um dos fundadores do primeiro grupo de trabalho do Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosog), com sede em Dacar, no Senegal.
Trajetória na ONU
Depois de ter sido servidor público na Guiné Bissau, o guineense iniciou sua carreira nas Nações Unidas em 1988, como economista do desenvolvimento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), tendo subido rapidamente na hierarquia da organização.
Carlos Lopes foi diretor-adjunto do Gabinete de Avaliação Estratégica e Planejamento, esteve no Zimbábue como coordenador residente do Pnud e, em junho de 2003, foi encarregado por Kofi Annan de ser seu representante no Brasil, acumulando também a função de representante do Pnud no país, onde o programa tem seu segundo maior escritório, depois de Nova York.
Em setembro de 2005, o economista foi convidado por Kofi Annan para chefiar o Departamento dos Assuntos Políticos, de Manutenção de Paz e Humanitários da equipe executiva do secretário-geral da ONU.
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