sábado, 31 de março de 2007

Guiné-Bissau: PAIGC propôs ao PR nome de primeiro-ministro

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) já apresentou ao chefe de Estado da Guiné-Bissau o nome para o futuro primeiro-ministro, anunciou este sábado o vice-presidente do Partido da Renovação Social (PRS).

A saída de uma audiência com João Bernardo «Nino» Vieira, Ibraima Sory Djaló, vice-presidente do PRS adiantou que o Presidente já está na posse de um nome proposto pelo PAIGC, personalidade que recusou a identificar.

Ainda de acordo com Sory Djaló, o nome proposto pelo PAIGC para primeiro-ministro agrada ao PRS.

O Presidente «Nino» Vieira tem estado, desde quinta-feira, em consultas com o Conselho de Estado e partidos com representação parlamentar com vista a encontrar soluções para a crise política que assola o país desde há duas semanas.

O parlamento retirou confiança ao Governo e consequentemente o primeiro-ministro Aristides Gomes apresentou ao Presidente o seu pedido de demissão, embora «Nino» Vieira ainda não se tenha pronunciado sobre o assunto.

Antes da audiência com a delegação do PRS (composta pelos vice-presidentes Sory Djaló, Imbunhe Incada e Vença Na Luak) o chefe de Estado guineense recebeu o PAIGC, cuja delegação era composta pelo presidente do partido, Carlos Gomes Júnior, acompanhado por Satu Camará e Martinho Ndafa Cabi.

A saída da audiência com «Nino» Vieira, o líder do PAIGC foi lacónico nas suas declarações limitando-se a afirmar que a proposta apresentada pelo seu partido será conhecida brevemente.

O Presidente recebe ainda hoje, a partir das 18:00 (19:00 em Lisboa) as delegações das coligações eleitorais Aliança Popular Unida e União Eleitoral, podendo ainda hoje publicar a sua decisão em relação às consultas.

Entretanto, sexta-feira o presidente interino do Partido Unido Social-Democrata (PUSD) havia manifestado a discordância do seu partido quanto a possibilidade de o chefe de Estado demitir o Governo de Aristides Gomes.

Para Augusto Barai Mango não faz sentido trocar de Governo numa altura em que o país se encontra há oito meses de eleições legislativas regulares.

Nenhum comentário: