Rio - A partir desta quinta-feira (29) os postos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Rio de Janeiro vão prestar informações sobre as linhas de crédito disponíveis na Caixa para os pequenos e micro empresários. E se os empresários forem à Caixa em busca de empréstimo, mas em um projeto, ele será encaminhado a um posto do Sebrae para receber assessoria. “A maior dificuldade que nós detectamos é o desconhecimento por parte dos pequenos empresários sobre as linhas de crédito com taxas mais acessíveis. A consultoria do Sebrae também poderá avaliar se a empresa realmente precisa do empréstimo, se tem capital de giro ou se deveria investir, por exemplo, na compra de equipamentos”, disse o diretor de Segmentos e Distribuição da Caixa, Antônio Limone. De acordo com Limone, a parceria poderá ser estendida para outros estados. Somente para o estado do Rio, a Caixa tem reservados R$ 2,1 bilhões para financiamentos a empresas, especialmente pequenas e médias. O valor é o dobro do que foi aplicado no ano passado.
sábado, 31 de março de 2007
Diretor defende criação de bancos comunitários para atender economia solidária
Brasília - O diretor do Departamento de Fomento à Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Dione Soares Manetti, defendeu hoje que uma das alternativas para aumentar o acesso das comunidades de economia solidária ao microcrédito é fomentar a criação de bancos comunitários. “Os bancos comunitários podem dinamizar as atividades econômicas dentro das próprias comunidades. Eles podem ser ferramentas de distribuição de pequenos créditos para a atividade produtivas nas comunidades”, afirmou.
Os recursos para pequenos empréstimos dos bancos comunitários vêm dos próprios produtores, de doações ou de programas de governo. “Há experiências de bancos comunitárias que têm se desenvolvido com aportes locais. Um banco comunitário, às vezes, é criado com R$ 1 mil e partir daí começa a fazer o crédito rodar”, explicou Manetti.
Manetti, que participa do último dia de treinamento de 331 agentes comunitários que vão atuar em 540 municípios brasileiros no acompanhamento de pequenos empreendimentos de economia solidária, admitiu que atualmente as políticas públicas não atendem a toda a demanda dos pequenos produtores.
Por isso, segundo ele, seria necessário também estimular a diversificação dos meios de acesso aos financiamentos, como o microcrédito, os bancos comunitários e os fundos solidários (recursos para apoiar iniciativas produtivas baseadas nas práticas e culturas locais com o objetivo de levar desenvolvimento sustentável às comunidades de baixa renda).
“Há um passivo muito grande do estado com a sociedade. Hoje as nossas políticas ainda não dão conta de responder ao tamanho da demanda que existe no conjunto da sociedade. O que pode ajudar a superar essas dificuldades é a diversificação dos instrumentos de crédito. Há uma diversidade de instrumentos de crédito que precisamos trabalhar, sem achar que uma única modalidade vai dar conta de responder às necessidades das pessoas”, afirmou.
O agente de economia solidária de Caxias do Sul (RS) Henrique Porto Lusa defende que antes de tentar um microcrédito é necessária o organizar cooperativas. “Queremos formar as cooperativas, dar uma oportunidade para os produtores regionais se auto-organizarem, para depois fazer a discussão de acesso ao microcrédito que garantam a eles a criação de empreendimentos”, afirmou.
O agente comunitário do Distrito Federal e entorno José Ferreira Gomes também defende que os empreendedores que ele acompanha precisam ainda de organização, antes de pedirem um empréstimo. “Estamos identificando os grupos existentes, a demanda dos grupos, e organizando novos grupos para que a economia solidária possa atender a todos. Ainda estamos em um processo de organização para, então, buscar esse crédito”, explicou.
Caixa e Sebrae prestarão assessoria
a pequenos e micro empresários do Rio
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