quarta-feira, 7 de março de 2007

OBRIGADO CARLOS. N’FALA I TEM FIDJUS DI GUINÉ KI BALI PENA !

Felizmente o Carlos tem-me enchido constantemente o peito de orgulho. (Assim tambi n pudi ialssa garganti , pa n’fala I tem fidjus di Guiné ki bali pena).
No espaço de um ano e meio tive ocasião de o felicitar aquando da sua saída do Brasil, para ocupar o importantíssimo posto de Director do Gabinete Político de Kofi Annan e, decorridos poucos meses lá estava eu de novo a tentar traduzir em palavras a enormíssima satisfação que ele me plantou na alma, ao ver a sua competência reconhecida pelo Mundo e a sua consequente nomeação para o prestigiadíssimo cargo de Sub-Secretário- Geral da ONU.
Na ocasião lembrei-me do bom presságio de uma colega e competentíssima funcionária do Carlos no Brasil, que em Julho de 2005, me dizia em Salvador da Bahia: “ VOCÊ NÃO IMAGINA AS GRANDES EXPECTATIVAS E PLANOS PARA O CARLOS DENTRO DO SISTEMA DAS NAÇÕES UNIDAS”. E então eu disse para mim mesmo: “Graças a Deus essa boa profecia SE CUMPRIU”.
Em Janeiro eu propus ao Carlos um almoço em Lisboa, quando ele tivesse tampo para repousar e recuperar forças, após um ano 2006 particularmente intenso. Ele respondeu-me dizendo que faria férias após a passagem de testemunho e após saber qual seria o seu novo poiso dentro da ONU. E eis que Ban Ki-moon olhou para ele e reconheceu no Lito uma mais-valia não negligenciável, um Guineense Capaz, Competente, Global, Proactivo e Inteligente e decidiu nomeá-lo de novo Sub-Sectretário-Geral e Director-Executivo da Unitar. É caso para te perguntar: E agora, Carlos? Para quando o nosso almoço? (risos).
Felizmente ficarás mais perto e poderemos ouvir-nos mais facilmente. Fico feliz por teres aceite fazer parte do “board” do “TT” idealizado pelo nosso Paulo Gomes. Será ocasião para pensarmos nas nossas fragilidades e para tentarmos ajudar. Mas não te safarás do almoço, que agora terás de ser tu a pagar em Genebra. (risos). Como para além da Comissões Económicas para África, Ásia e Pacífico, Western Ásia e América Latina e Caraíbas, também sou representante junto da “ Economic Commission for Europe” no quadro do ECOSOC”, na próxima viagem de trabalho a Genebra lá terei eu de te “ cravar” o almoço (risos). Que remédio, não é (risos) Suma no ka pudi darma tchon di Cantchundu, no ta darma tchon di Suíço.
Deixando de “ mancircar” este almoço (com Fondue de Chocolate e queijo Gruyère, regado em vinho da região de Neuchatel, de Lavaux, ou de Valais, “ pabia nha boca impustur”), e voltando a coisas sérias, não posso deixar de sublinhar algo que me referiu o Carlos há alguns meses atrás. Dizia-me ele que a sua “ascensão no sistema da ONU tem sido conseguida a pulso, sem apoios” e felizmente, ele tem chegado onde gente apoiada por grandes países nem sempre chega.
Quando dois Secretários-Gerais , Kofi Annan e Ban Ki-moon escolhem o mesmo homem para um dos seus sub-secretários-gerais, o que há a dizer senão : Es homi li Bali Pena, I bali , I bali, I bali , I bali … E todos os Guineenses que se prezem , sem excepção, devem sentir-se orgulhosos por esse facto.
O mérito absoluto do Carlos reside no facto de que ele não tem tido nenhum apoio nem da parte de grandes países, nem da parte de um pequeno Estado, que é o nosso. E ainda por cima ele é obrigado a lutar contra o ostracismo de alguns africanos que o consideram “ um não africano”, por ser “ Burmedju”. “Ma Djagatu ta padidu nan ku si fortura”.
Finalmente, Lito, que palavras de Ouro podem eu agora encontrar ou lavrar, para te felicitar?
Acho impossível, e tu bem o sabes, traduzir a Alegria que me vai na Alma. Depois deste teu novo e nobre feito, só te posso dizer: OBRIGADO CARLOS, tu és a prova da Existência da outra Guiné, a Guiné-Positiva. Assim bu ta tiranu na Borgonha, abo i Guineense Ki Bali Pena.

MEMÓRIAS DA NOMEAÇÃO DO CARLOS EM JULHO DE 2006:

18.06.2006

Guinea Bissau’s Carlos Lopes assistant to Kofi Annan

Guinea Bissau native Carlos Lopes has just been promoted to the post of assistant to United Nations Secretary General Kofi Annan. A sociologist by training and the author of a number of academic and political texts, Lopes has seen his importance in the UN’s decision-making apparatus steadily rise since he began working at the organization in 1988.

Prior to being tapped to work directly with Kofi Annan at the UN headquarters in New York, Carlos Lopes was responsible for the United Nations Development Program in Brazil. He had previously worked as the UNDP director in Zimbabwe.

A native of Guinea Bissau, Carlos Lopes studied in Switzerland and France, and holds a doctorate in African studies from the Sorbonne. In his home country, he was directly involved in the creation of the National Institute of Studies and Research. Lopes has also been a visiting professor at various European and South American universities.

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