- Transformar estas estratégias nacionais de desenvolvimento em programas operacionais priorizados e centrados nos resultados, conforme é expresso nos quadros de despesas a médio prazo e nos orçamentos anuais (Indicador 1).
Dirigir a coordenação da ajuda a todos os níveis, bem como os outros recursos de desenvolvimento, em diálogo com os doadores e fomentando a participação da sociedade civil e do sector privado.
15. Os doadores comprometem-se a:
- Respeitar a liderança dos países parceiros e ajudá-los a reforçar a sua capacidade de a exercerem. Alinhamento Os doadores baseiam todo o seu apoio nas estratégias nacionais de desenvolvimento, instituições e procedimentos dos países parceiros Os doadores alinham-se com as estratégias dos países parceiros 16. Os doadores comprometem-se a: Basear o seu apoio global – estratégias nacionais, diálogos sobre políticas e programas de cooperação para o desenvolvimento – nas estratégias nacionais de desenvolvimento dos países parceiros e nas revisões periódicas do progresso constatado na execução destas estratégias 3 (Indicador 3). Estabelecer tanto quanto possível as suas condições com base nas estratégias nacionais de desenvolvimento dos países parceiros ou nas suas revisões anuais do progresso na execução destas estratégias. A inclusão de condições suplementares deve ser devidamente justificada e a sua aplicação deve fazer-se de modo transparente e em consulta estreita com os outros doadores e entidades interessadas. Ligar o seu financiamento a uma série única de condições e/ou a um conjunto razoável de indicadores derivados da estratégia nacional de desenvolvimento. Isto não significa que todos os doadores tenham condições idênticas, mas sim que as condições aplicadas por cada doador devem ser derivadas de um quadro comum racional tendo como objectivo a obtenção de resultados duradouros. Os doadores utilizam os sistemas reforçados dos países 17. A utilização das próprias estruturas institucionais e sistemas de um país, quando estes ofereçam garantia de que a ajuda será usada para os fins acordados, aumenta a eficácia da ajuda ao reforçar de modo duradouro a capacidade de o país parceiro elaborar, aplicar e responder pelas suas políticas perante os seus cidadãos e o seu parlamento. Os sistemas e procedimentos dos países incluem, de um modo geral mas não unicamente, os dispositivos e procedimentos nacionais relativos à gestão das finanças públicas, contabilidade, auditorias, aprovisionamento, quadros de resultados e monitorização. 18. As análises de diagnóstico são uma fonte importante e crescente de informação para os governos e os doadores acerca do estado dos sistemas nacionais nos países parceiros. Os países
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Nota 3 : Isto inclui, por exemplo, a Revisão Anual do Progresso (Annual Progress Review – APR) das Estratégias de Redução da Pobreza.
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parceiros e os doadores têm mútuo interesse em serem capazes de monitorizar o progresso do melhoramento dos sistemas nacionais, ao longo do tempo. Eles serão assistidos nisso por quadros de avaliação do desempenho e por um conjunto associado de reformas, que se apoiam nas informações fornecidas pelas análises de diagnóstico e pelo correspondente trabalho analítico.
19. Os países parceiros e os doadores comprometem-se conjuntamente a:
Trabalhar em conjunto para estabelecerem quadros definidos de comum acordo que forneçam avaliações fiáveis de desempenho, transparência e responsabilidade dos sistemas nacionais (Indicador 2).
Integrar as análises de diagnóstico e os quadros de avaliação do desempenho nas estratégias lideradas pelos países para o desenvolvimento de capacidades.
20. Os países parceiros comprometem-se a:
Efectuar análises de diagnóstico que forneçam avaliações fiáveis dos sistemas e procedimentos nacionais.
Com base nestas análises de diagnóstico, efectuar as reformas necessárias para assegurar que os sistemas, instituições e procedimentos nacionais para gestão da ajuda e outros recursos de desenvolvimento sejam eficazes, responsáveis e transparentes.
Empreender reformas, como a reforma da gestão pública, por exemplo, que possam ser necessárias para lançar e fortalecer processos sustentáveis de desenvolvimento de capacidades.
21. Os doadores comprometem-se a:
Utilizar, tanto quanto possível, os sistemas e procedimentos dos países parceiros. Quando não seja viável o uso dos sistemas dos países parceiros, convém estabelecer salvaguardas e medidas adicionais que contribuam para fortalecer, em vez de debilitar, os sistemas e procedimentos dos países (Indicador 5).
Evitar, na máxima extensão, criar estruturas especificamente encarregadas da administração quotidiana e da execução dos projectos e programas financiados pela ajuda (Indicador 6).
Adoptar quadros harmonizados de avaliação do desempenho dos sistemas dos países parceiros, a fim de não propor a estes últimos um número excessivo de objectivos, eventualmente contraditórios.
Os países parceiros reforçam as suas próprias capacidades de esenvolvimento com o apoio dos doadores.
22. A capacidade de planificar, administrar, implementar e responder pelos resultados das políticas e programas é um elemento essencial para a realização dos objectivosde desenvolvimento, desde a análise e do diálogo até à implementação, monitorização e avaliação. O desenvolvimento das capacidades é uma responsabilidade que pertence aos países parceiros, cabendo aos doadores o papel de apoiar. Esse desenvolvimento deve basear-se em análises técnicas rigorosas, mas adaptar- se também ao ambiente social, político e económico, incluindo a necessidade de reforçar os recursos humanos.
23. Os países parceiros comprometem-se a:
Integrar os objectivos específicos de reforço das capacidades nas estratégias de desenvolvimento nacionais, e continuar a sua implementação através de estratégias de desenvolvimento de capacidades dirigidas pelos países, na medida em que seja necessário.
24. Os doadores comprometem-se a:
Alinhar o seu apoio, quer se trate de análises ou de ajuda financeira, com os objectivos e as estratégias de desenvolvimento de capacidades dos países parceiros, utilizar eficazmente as capacidades existentes e harmonizar consequentemente o apoio para o desenvolvimento de capacidades (Indicador 4).
Reforçar a capacidade de gestão das finanças públicas
25. Os países parceiros comprometem-se a:
Intensificar esforços para mobilizarem os recursos nacionais, reforçarem a viabilidade fiscal e criarem um ambiente favorável aos investimentos públicos e privados.
Publicar atempadamente informações transparentes e fiáveis sobre a execução do orçamento.
Conduzir o processo de reformas da gestão das finanças públicas.
26. Os doadores comprometem-se a:
Fornecer uma lista indicativa fiável de compromissos relativos a ajuda, dentro de um quadro plurianual, e desembolsar ajuda segundo um calendário previsível e em tempo oportuno, de acordo com os programas acordados (Indicador 7).
Confiar do modo mais amplo possível nos mecanismos orçamentais e contabilísticos transparentes dos governos dos países parceiros (Indicador 5).
27. Os países parceiros e os doadores comprometem-se conjuntamente a:
Implementar análises de diagnósticos e quadros de avaliação de desempenho harmonizados na gestão das finanças públicas.
Reforçar os sistemas nacionais de aprovisionamento
28. Os países parceiros e os doadores comprometem-se conjuntamente a:
Utilizar normas e procedimentos 4 mutuamente acordados para realizar diagnósticos, desenvolver reformas viáveis e monitorizar a sua execução.
Disponibilizar recursos suficientes para apoiar e reforçar reformas de aprovisionamento e desenvolvimento de capacidades a médio e a longo prazo.
Partilhar ao nível dos países os ensinamentos obtidos com a experiência acumulada nas abordagens recomendadas, de modo a poderem melhorá-las com o tempo.
29. Os países parceiros comprometem-se a tomar a direcção dos processos de reforma do aprovisionamento e a pô-los em prática.
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Nota 4 : Como os que foram elaborados pela Mesa Redonda organizada conjuntamente pelo CAD/OCDE e o Banco Mundial sobre o Reforço de Capacidades de Aprovisionamento nos Países em Desenvolvimento.
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30. Os doadores comprometem-se a:
Utilizar progressivamente os sistemas dos países parceiros para aprovisionamento, quando estes tenham implementado normas e procedimentos mutuamente acordados (Indicador 5).
Adoptar abordagens harmonizadas, quando os sistemas nacionais não cumpram os níveis de desempenho mutuamente acordados ou quando os doadores não os utilizem.
Desligar a ajuda para uma melhor utilização dos recursos
31. De um modo geral, o desligamento da ajuda aumenta a eficácia da mesma, reduzindo os custos de transacção para os países parceiros e favorecendo a apropriação e o alinhamento dos países. Os Doadores do CAD manterão os seus esforços para realizar progressos no sentido do desligamento da ajuda, como são encorajados a fazê-lo pela Recomendação do CAD de 2001 sobre o Desligamento da Ajuda Pública ao Desenvolvimento para os Países menos Desenvolvidos (Indicador 8).
Harmonização
As acções dos doadores são mais harmonizadas, transparentes e colectivamente eficazes
Os doadores implementam disposições comuns e simplificam procedimentos
32. Os doadores comprometem-se a:
Pôr em prática os planos de acção que elaboraram no seguimento do Fórum de Alto Nível de Roma.
Aplicar, onde seja possível, disposições comuns à escala nacional para planear, financiar (por exemplo, disposições de financiamento conjuntas), desembolsar, supervisionar, avaliar e informar o governo sobre as actividades dos doadores e os fluxos de ajuda. O uso crescente de modalidades de ajuda baseadas em programas pode contribuir para este esforço (Indicador 9).
Trabalhar em conjunto para reduzir o número de missões no terreno e de análises de diagnóstico duplicadas e separadas (Indicador 10), e encorajar a formação conjunta, a fim de partilhar os ensinamentos da experiência e criar uma comunidade de práticas.
Complementaridade: uma divisão do trabalho mais eficaz
33. A excessiva fragmentação da ajuda, a nível global, nacional ou sectorial diminui a eficácia da mesma. Uma abordagem pragmática da divisão do trabalho e da partilha de tarefas permite reforçar a complementaridade e pode reduzir os custos de transacção.
34. Os países parceiros comprometem-se a:
Fornecer opiniões claras sobre as vantagens comparativas dos doadores e sobre os meios de tornar complementares as acções dos mesmos a nível nacional ou sectorial.
35. Os doadores comprometem-se a:
Utilizar plenamente as suas respectivas vantagens comparativas, a nível sectorial ou nacional, delegando autoridade, quando isso for adequado, em doadores principais, para a execução de programas, actividades e tarefas.
Trabalhar em conjunto para harmonizar procedimentos separados.
Incentivos para a acção em cooperação
36. Os doadores e os países parceiros comprometem-se conjuntamente a:
Reformar os procedimentos e reforçar os incentivos – incluindo os que dizem respeito a contratação, avaliação e formação – para que os directores e o pessoal trabalhem em prol da harmonização, do alinhamento e dos resultados.
Reforçar a eficácia da ajuda nos Estados frágeis 5
37. A visão a longo prazo do envolvimento internacional em Estados frágeis é estabelecer instituições nacionais ou outras que sejam legítimas, eficazes e sólidas. Embora os princípios orientadores da ajuda eficaz se apliquem igualmente a Estados frágeis, tais princípios precisam de ser adaptados a ambientes onde a apropriação e as capacidades sejam débeis, bem como a necessidades urgentes de fornecimento de serviços essenciais.
38. Os países parceiros comprometem-se a:
Realizar progressos na criação de instituições e de estruturas de governação eficazes, que proporcionem à sua população segurança e protecção pública, bem como acesso equitativo aos serviços sociais básicos.
Estabelecer diálogo com os doadores sobre a elaboração de ferramentas simples de planificação, tais como matrizes de resultados para a transição, quando não tenham ainda sido adoptadas estratégias nacionais de desenvolvimento.
Fomentar uma ampla participação de actores nacionais muito diversos, para a definição das prioridades em matéria de desenvolvimento.
39. Os doadores comprometem-se a:
Harmonizar as suas actividades. A harmonização é muito mais crucial quando não exista uma forte liderança governamental. Ela deve focalizar-se em análises a montante, avaliações conjuntas, estratégias comuns, coordenação do compromisso político, bem como em iniciativas práticas, tais como a criação de escritórios comuns para vários doadores.
Alinhar-se na maior extensão possível com estratégias conduzidas pela administração central do país parceiro ou, quando este princípio não seja aplicável, utilizar ao máximo os sistemas nacionais, regionais, sectoriais ou outros não governamentais.
Evitar actividades que prejudiquem a criação de instituições nacionais, tais como as que têm por efeito passar por cima dos processos orçamentais nacionais ou pagar salários muito elevados ao pessoal local.
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Nota 5 : A secção abaixo baseia-se no projecto de Princípios de envolvimento internacional em Estados frágeis, que teve origem no Fórum de alto nível sobre a eficácia do desenvolvimento em Estados frágeis (Londres, Janeiro de 2005). ____________________________
Utilizar uma gama apropriada de instrumentos de ajuda, incluindo o apoio a financiamentos recorrentes, especialmente nos países que se encontrem numa fase de transição prometedora, mas de alto risco.
Encorajar uma abordagem harmonizada das avaliações ambientais
40. Os doadores têm realizado considerável progresso na harmonização em matéria de avaliação do impacto ambiental (AIA), por exemplo no que respeita a questões de saúde e a questões sociais relevantes relacionadas com os projectos. Esses progressos devem ir mais além e considerar, nomeadamente, as consequências possíveis de problemas ambientais de dimensão planetária, tais como as alterações climáticas, a desertificação e a perda da biodiversidade.
41. Os doadores e os países parceiros comprometem-se conjuntamente a:
Reforçar a aplicação das avaliações de impacto ambiental (AIA), utilizar mais sistematicamente procedimentos comuns no quadro dos projectos, nomeadamente através de consultas com as entidades interessadas, e desenvolver e aplicar abordagens comuns para a “avaliação ambiental estratégica”, a nível sectorial e nacional.
Continuar a desenvolver as capacidades técnicas e as estratégias especializadas necessárias para efectuar análises ambientais e para assegurar o respeito pela legislação.
42. Devem igualmente ser realizados esforços de harmonização similares em outros domínios transversais, como a igualdade entre homens e mulheres, e em outras questões temáticas, incluindo as que beneficiam do financiamento de fundos especializados.
Gestão centrada nos resultados
Gerir os recursos e melhorar a tomada de decisões centradas nos resultados
43. Orientar a gestão para os resultados significa gerir e aplicar a ajuda concentrando-se nos resultados desejados e utilizar os dados disponíveis com vista a melhorar o processo de decisão.
44. Os países parceiros comprometem-se a:
Ligar mais estreitamente as estratégias de desenvolvimento nacional e os processos orçamentais anuais e multianuais.
Esforçar-se por estabelecer quadros de avaliação e de notificação centrados nosresultados, a fim de monitorizar os progressos realizados, de acordo com as dimensões fundamentais das estratégias de desenvolvimento nacionais e sectoriais. Estes quadros devem permitir seguir a evolução dum número razoável de indicadores, cujos dados estejam disponíveis a custos acessíveis (Indicador 11).
45. Os doadores comprometem-se a:
Ligar a programação e os recursos por país aos resultados obtidos e alinhar esta programação e estes recursos aos quadros de avaliação do desempenho dos países parceiros. Os doadores devem abster-se de solicitar a adopção de indicadores de desempenho que não estejam de acordo com as estratégias nacionais de desenvolvimento dos países parceiros.
Trabalhar com os países parceiros de modo a poderem recorrer, tanto quanto possível, aos seus quadros de monitorização do desempenho orientados para os resultados.
Harmonizar os seus requisitos em matéria de monitorização e de notificação e, até poderem confiar mais extensivamente nos sistemas de estatística, monitorização e avaliação os países parceiros, a pôr-se de acordo com estes, tanto quanto possível, sobre formatos comuns de elaboração de relatórios periódicos.
46. Os países parceiros e os doadores comprometem-se conjuntamente a:
Unir os seus esforços numa abordagem participativa, no sentido de reforçarem as capacidades dos países e estabelecerem uma gestão centrada nos resultados.
Responsabilidade mútua
Os doadores e os países parceiros são responsáveis pelos resultados obtidos em matéria de desenvolvimento
47. Uma prioridade essencial, tanto para os países parceiros como para os doadores, é a de reforçarem a responsabilidade mútua e a transparência no que respeita à utilização que é dada aos recursos afectados ao desenvolvimento. Isto é também um meio de reforçar a adesão da opinião pública às políticas nacionais e à ajuda ao desenvolvimento.
48. Os países parceiros comprometem-se a:
Reforçar adequadamente o papel das instâncias parlamentares na elaboração das estratégias nacionais de desenvolvimento e/ou dos orçamentos.
Fomentar abordagens participativas, associando sistematicamente um amplo leque de parceiros de desenvolvimento à formulação das estratégias nacionais de desenvolvimento e à avaliação do seu estado de progresso.
49. Os doadores comprometem-se a:
Fornecer atempadamente informações transparentes e detalhadas sobre os fluxos de ajuda, a fim de as autoridades dos países parceiros poderem apresentar informações orçamentais completas aos seus parlamentos e cidadãos.
50. Os países parceiros e os doadores comprometem-se a:
Avaliar conjuntamente, por meio dos mecanismos cada vez mais objectivos existentes a nível nacional, os progressos que realizam respectivamente na execução dos compromissos assumidos sobre a eficácia da ajuda, incluindo os Compromissos de Parceria. (Indicador 12).
III. Indicadores de Progresso
A medir à escala nacional com supervisão internacional
APROPRIAÇÃO 1 Os parceiros têm estratégias de desenvo lvimento operacionais – Número de países que adoptaram estratégias nacionais de desenvolvimento (incluindo ERP) com prioridades estratégicas claras vinculadas a um quadro de despesas a médio prazo e contabilizadas nos orçamentos anuais.
ALINHAMENTO
2
Sistemas nacionais fiáveis – Número de países parceiros dotados de sistemas de aprovisionamento (procurement) e de gestão das finanças públicas que ou (a) já adoptam as boas práticas amplamente aceites, ou (b) têm instaurado um programa de reformas para atingir esse objectivo.3 Os fluxos de ajuda são alinhados com as prioridades nacionais – Percentagem dos fluxos de ajuda destinados ao sector público que é contabilizad a no orçamento nacional dos parceiros.
4 Reforçar o desenvolvimento das capacidades através dum apoio coordenado – Percentagem da ajuda prestada pelos doadores para reforço d as capacidades através de programas coordenados compatíveis com as estratégias nacionais de desenvolvimento dos países parceiros.
5a Utilização dos sistemas nacionais de gestão das finanças públicas – Percentagem de doadores e de fluxos de ajuda que utilizam sistemas de gestão das finanças públ icas em países parceiros que, ou (a) já adoptam as boas práticas amplamente aceites, ou (b) têm instaurado um programa de reformas para atingir esse objectivo.
5b Utilização dos sistemas nacionais de aprovisionamento (procurement) – Percentagem dos doadores e dos fluxos de ajuda que utilizam sistemas de aprovisionamento em países parceiros que ou (a) já adoptam as boas práticas amplamente aceites, ou (b) têm instaurado um programa de reformas para atingir esse objectivo.
6 Reforçar as capacidades evitando estruturas de implementação paralelas – Número de unidades paralelas de implementação de projectos por país. Reduzir de dois terços o número de unidades paralelas de implementação de projectos.
7 A ajuda é mais previsível – Percentagem de desembolsos de ajuda efectuados conforme programas acordados dentro de quadros anuais ou plurianuais. Reduzir a diferença a metade – Reduzir a metade a parte da ajuda não desembolsada dentro do ano fiscal para o qual estava programada.
8 Ajuda desligada – Percentagem da ajuda bilateral que é desligada
HARMONIZAÇÃO
9 Utilização de dispositivos ou procedimentos comuns – Percentagem de ajuda fornecida através de abordagens baseadas nos programas.
10 Encorajar as análises conjuntas – Percentagem de (a) missões de campo e/ ou (b) trabalho analítico por países, incluindo estudos de diagnóstico que são efectuados em conjunto.
GESTÃO ORIENTADA PARA RESULTADOS
11 Quadros centrados nos resultados – Número de países dotados de quadros de avaliação do desempenho transparentes e monitorizáveis, que permitam avaliar os progressos realizados no que respeita (a) às estratégias nacionais de desenvolvimento e (b) aos programas sectoriais.
RESPONSABILIDADE MÚTUA
12 Responsabilidade mútua – Número de países parceiros que avaliam os seus progressos mútuos pondo em prática os compromissos acordados sobre a eficácia da ajuda , incluindo os que são mencionados nesta Declaração. Todos os países parceiros se submetem a avaliações mútuas.
Nota importante: De conformidade com o parágrafo 9 da Declaração, a parceria de doadores e de países parceiros acolhidos pelo CAD (Grupo de Trabalho sobre a Eficácia da Ajuda), que abrange membros da OCDE/CAD, países parceiros e instituições multilaterais, reuniu-se duas vezes, em 30 e 31 de Maio de 2005 e em 7 e 8 de Julho de 2005 , ara confirmar e rever, quando adequado, as metas para os doze indicadores de progresso. Nestas reuniões chegou - se a um acordo sobre as metas enunciadas na Secção III da presente Declaração. Todavia, este acordo está sujeito a reservas por parte de um doador , relativamente (a) à metodologia de avaliação da qualidade dos sistemas de aprovisionamento (procurement) geridos localmente (relativamente às metas 2b e 5b) e (b) à qualidade aceitável dos programas de reforma da gestão das finanças públicas (no que respeita à meta 5 a.ii). As discussões prosseguem para encontrar solução para estes problemas. As metas, incluindo as reserva s, foram notificadas aos Presidentes da reunião plenária de alto nível da 59.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, numa carta datada de 9 de Setembro de 2005, pelo Sr. Richard Manning, Presidente do Comité de Ajuda ao Desenvolvimento (CAD) da OCDE.
* Nota relativa ao Indicador 5: As pontuações respeitantes ao Indicador 5 são determinadas p ela metodologia usada para avaliar a qualidade dos sistemas de aprovisionamento ( procurement) e de gestão das finanças públicas no Indicador 2.
Anexo A:
Notas metodológicas sobre os indicadores de progresso
Os Indicadores de Progresso proporcionam um quadro que permite concretizar as responsabilidades e obrigações que são enunciadas na Declaração de Paris sobre a Eficácia da Ajuda. Este quadro apoia-se selectivamente nos Compromissos de Parceria apresentados na Secção II desta Declaração.
Propósito – Os Indicadores de Progresso oferecem um quadro que permite concretizar as responsabilidades e obrigações enunciados na Declaração de Paris sobre a Eficácia da Ajuda. Eles medem principalmente o comportamento colectivo à escala nacional.
Escala nacional versus escala global – Os indicadores devem ser medidos à escala nacional, em estreita colaboração entre os países parceiros e os doadores. Os valores dos indicadores à escala nacional poderão então ser objecto duma agregação estatística à escala regional ou global. Esta agregação global será feita tanto para o grupo de países mencionados a seguir, para fins de comparação estatística, como, de um modo mais geral, para todos os países parceiros para os quais existam dados relevantes.
Desempenho dos doadores/ dos países parceiros – Os indicadores de progresso fornecem também uma referência para as agências dos doadores individuais ou os países parceiros poderem avaliar o seu desempenho à escala local, regional ou global. Ao medir o desempenho de doadores individuais, os indicadores devem ser aplicados com flexibilidade, tendo em conta que os doadores têm requisitos institucionais diferentes.
Metas - As metas são estabelecidas à escala global. Os progressos realizados para a consecução destas metas devem ser medidos agregando estatisticamente os indicadores calculados à escala nacional. Além das metas globais, os países parceiros e os doadores podem acordar, num determinado país, metas à escala local.
Nível de referência – Será definido um nível de referência para 2005, no seio dum grupo de países voluntários. O Grupo de Trabalho do CAD para a Eficácia da Ajuda ao Desenvolvimento é convidado a estabelecer este grupo.
Definições e critérios – O conjunto de doadores e países parceiros é convidado, através do CAD (Grupo de Trabalho do CAD para a Eficácia da Ajuda ao Desenvolvimento) a fornecer orientações específicas acerca das definições, campos de aplicação, critérios e metodologias que permitirão alcançar os resultados em todos os países e ao longo dos vários períodos de tempo.
Nota sobre o Indicador 9 – As abordagens baseadas nos programas estão definidas no Volume 2 da obra Harmonizar as Práticas dos Doadores para assegurar uma Ajuda Eficaz (OCDE 2005), na caixa 3.1, como um modo de se comprometer numa cooperação de desenvolvimento baseada nos princípios de apoio coordenado a favor duma acção de desenvolvimento, cujo controlo é assegurado a nível local, tal como uma estratégia nacional de desenvolvimento, um programa sectorial, um programa temático ou um programa de uma organização específica. As abordagens baseadas em programas partilham das seguintes características: (a) liderança pelo país anfitrião ou pela organização; (b) quadro orçamental e programático único e detalhado; (c) um processo formalizado para a coordenação entres doadores e a harmonização dos procedimentos dos doadores em matéria de notificação, de orçamento, de gestão financeira e de aprovisionamento; (d) esforços para incrementar o uso dos sistemas locais na concepção e implementação dos programas, na gestão financeira, assim como na supervisão e avaliação. No que respeita ao indicador 9, os desempenhos serão medidos separadamente através das modalidades de ajuda que contribuem para abordagens baseadas nos programas.
A n e x o B :
Lista dos Países e Organizações Participantes
Países Participantes
África do Sul Albânia Alemanha Arábia Saudita Austrália Áustria Bangladeche Bélgica Benim Bolívia Botsuana [ Brasil ] * Burquina Faso Burundi Camboja Camarões Canadá China Comissão Europeia Coreia Dinamarca Egipto Espanha Estados Unidos Etiópia Federação Russa Filipinas Finlândia Fiji França Gâmbia Gana Grécia Guatemala Guiné Honduras Iémen Indonésia Irlanda Islândia Ilhas Salomão Itália Jamaica Japão Jordânia Quénia Kuwait Luxemburgo Madagáscar Malásia Malawi Mali Marrocos Mauritânia México Mongólia Moçambique Nepal Nicarágua Níger Noruega Nova Zelândia Países Baixos Paquistão Papua-Nova Guiné Polónia Portugal Reino Unido República Democrática do Congo República Checa República Dominicana República Eslovaca República do Quirguizistão República Democ. Popular do Laos Ruanda Roménia Senegal Sérvia e Montenegro Sri Lanka Suécia Suíça Tailândia Tanzânia Tajiquistão Timor-Leste Tunísia Turquia Uganda Vanuatu Vietname Zâmbia * A confirmar
Esta lista não inclui todos os países que subscreveram a Declaração de Paris. Para uma lista completa, queira consultar www.oecd.org/dac/effectiveness/parisdeclaration/members.
Organizações Participantes
Banco Africano de Desenvolvimento Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA) Banco Asiático de Desenvolvimento Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB) Banco Europeu de Investimento (BEI) Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) Banco Interamericano de Desenvolvimento Banco Islâmico de Desenvolvimento Banco Mundial Campanha do Milénio Comissão Económica para a África (CEA) Fundo da OPEC para o Desenvolvimento Internacional Fundo Global de Luta contra a Sida, a Tuberculose e a Malária Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) Fundo Monetário Internacional (FMI) Fundo Nórdico de Desenvolvimento G24 Grupo Consultivo de ajuda aos mais pobres Grupo das Nações Unidas para o Desenvolvimento (GNUD) Iniciativa Acelerada de Educação para Todos Nova Parceria para o Desenvolvimento de África Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE) Organização dos Estados das Caraíbas Orientais (OECO) Organização Internacional da Francofonia Secretariado da Commonwealth Secretariado do Fórum das Ilhas do Pacífico Organizações da Sociedade Civil Africa Humanitarian Action A FRODAD Canadian Council for International Cooperation (CCIC) Comisión Económica (Nicaragua) Comité Catholique contre la Faim et pour le Développement Coopération Internationale pour le Développement et la Solidarité (CIDSE) ENDA Tiers Monde E URODAD Fundação Bill e Melinda Gates International Union for Conservation of Nature and Natural Resources (IUCN) Japan NGO Center for International Cooperation (JANIC) Reality of Aid Network Tanzania Social and Economic Trust (TASOET) UK Aid Network